A verdade por trás de: "mulher gosta é de dinheiro"

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Destruindo o clichê

    Todos gostam de dinheiro. Eu gosto muito, especialmente, do meu. Trabalho duro pra gastá-lo ao meu bel prazer. O capitalismo é selvagem mas eu não fujo dele. Eu gosto de viagens e de roupas novas, e eu gosto, especialmente, de poder dizer isso sem me sentir um capitalista selvagem. O dinheiro compra muitas coisas, mas as verdadeiramente boas são de graça.

       Mas, na humilde opinião deste que vos escreve, dinheiro não tem nada a ver com conquista amorosa. Tô falando da conquista de verdade, aquela que te deixa com o coração acelerado e olhos e ouvidos vidrados no telefone. Aquela que faz com que seus os amigos do trabalho te olhem pela manha e disparem: “Acordou e viu um beija flor?”
Eu sinto uma piedade cruel – não sei se isso existe, mas eu sinto – desses homens que arrotam por aí: “Que nada, mulher gosta é de dinheiro”. Quando ouço esse discurso tão pobre e clichê, tenho certeza que se trata de um coitado punheteiro, querendo se justificar porque não encontra ninguém de verdade. Ou porque viver rodeado de mulheres interesseiras nas noites de sábado, mas passa os domingos de frio sozinho se questionando porque ninguém se interessa pelas suas qualidades. “Eu tenho dinheiro, o que é que tem de errado?”

        Homens adeptos dessa teoria são, geralmente, pobres de qualidades. Ou até as tem, mas acabam por suprimi-las, por falta de autoconfiança ou por acreditar de verdade que é o dinheiro que importa. Mulheres de verdade ganham o próprio dinheiro e esperam um homem que tenha algo mais a oferecer do que a droga de um carro do ano e uma carteira recheada. Mulheres esperam um homem que possa oferecer o que elas não podem conquistar sozinhas, o que só a paixão e a emoção de verdadeiros encontros podem proporcionar: frio na barriga e brilho nos olhos.

         Portanto, em vez de sair por aí arrotando que a sua carteira é capaz de resolver todos os seus problemas, preocupe-se em ser alguém com quem uma mulher de verdade queira estar. Alguém com um papo bacana e um sexo mais bacana ainda, alguém que mostre menos e seja mais. Alguém que não diga “vamos sair no meu carro hoje? Eu pago o motel.” Alguém que tope de dividir a conta sem se sentir menos homem. Um homem que não se subestima e não subestima a mulher que tem ao lado.
Carteiras cheias e mentes vazias as mulheres identificam de longe.

Estupro Mental...

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Falar da vida de uma pessoa é estuprá-la. Longe de ser uma comparação exagerada, essa forma de ver a fofoca, a picuinha ou a criação de boatos diz muito sobre as consequências irreversíveis da prática. Ao falar de uma pessoa, você a violenta. E violentando-a você a expõe, assim como no crime físico. A fofoca é, também ela, uma forma de tortura. Apoderar-se da vida de uma pessoa, contra a vontade dela, a torna vulnerável e, você, o autor sem escrúpulos deste ato violento. 
Espalhar boatos, alimentar rumores e interpretar, ao seu bel prazer, a forma de viver de alguém é um estupro mental. E o mais nojento dessa comparação é que muita gente faz isso pelo mesmo motivo torpe pelo qual muitos homens agridem mulheres e seus corpos: ao ver o outro sofrer, regozija-se, pois encontra na pretensa derrota do outro uma forma de se sentir maior, mais livre. 

A fofoca é carregada de raiva, de rancor, de inveja. Portando quando confia demais em alguém que conhece de menos está se predispondo a uma grande decepção. A sainha curta, o cabelo crespo, a sexualidade, e mais uma série de justificativas falhas para uma "fofoquinha inocente". entre aspas porque a expressão não condiz com a verdade. Diante disso tudo só posso deixar um  último comentário: "Falar da vida de uma pessoa, expor verdades que deveriam dizer respeito somente a ela, ou mesmo distorcer fatos, deveria ser crime inafiançável."

Caio Frederico Ferreira

Mulheres não sabem quando são amadas.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se. 

 A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também? 

Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois. 

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho". 

Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato." 

Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta. 

Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.

Fantasmas do dia a dia

terça-feira, 30 de julho de 2013

Os fantasmas que podem atrapalhar sua vida não são aparições de gente morta vestindo lençol com furos no lugar dos olhos, loucos para puxar seus pés. São, na verdade, espectros hipotéticos de pessoas ou situações que sua mente cria e adora responsabilizar por tudo o que dá de errado.

É a mania de se achar a vítima de uma conspiração internacional. As crises infundadas de ciúme. O receio de conviver com alguém que tenha uma orientação religiosa, política ou sexual diferente da sua...

Todos nós temos tendemos a querer jogar nos outros a responsabilidade por nossos fracassos. E nada melhor do que fazer isso com algo ou alguém que não pode se defender, não é mesmo?

O problema é que essas desculpas só são convincentes para aqueles que as inventam. Para os outros que te vêem como almas penadas sem ao menos procurar ajuda, você é apenas patético. E se você faz o tipo patético, meu caro, pode começar a aprender a brincadeira do copo, pois seus fantasmas imaginários são os únicos que permanecerão para ouvir suas lamúrias.

Caio Frederico Ferreira. Tecnologia do Blogger.
 

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